
Não tem como não se chatear quando um voo sofre atraso ou simplesmente ele é cancelado. Embora essa situação possa ser causada peça companhia aérea, há também a questão meteorológica, que foge ao controle humano, a atrapalhar pousos e decolagens e vir a fechar um aeroporto quando o tempo não está bom.
Mas afinal, o como o mau tempo pode fechar um aeroporto? Para responder essa questão e deixar nós viajantes mais bem informados, compartilho com vocês um material bem legal que a GOL Linhas Aéreas me enviou, mostrando como as empresas de aviação e os aeroportos se preparam para enfrentar o mau tempo e garantir a segurança do passageiro e da tripulação. Confira!
De olho no céu
As condições climáticas nos aeroportos são avaliadas de hora em hora por um meteorologista do órgão regulador, que a cada observação elabora um boletim com informações sobre visibilidade, teto (a distância entre o solo e a base das nuvens), velocidade e direção do vento, além da presença de chuva ou de nuvens pesadas.
Instrumentos
Para o avião pousar sem o auxílio de equipamentos, a legislação brasileira estabelece um mínimo de 5 mil metros de visibilidade e 450 metros de teto. Já em pousos por instrumentos, os números são menores e variam com três fatores: a carta de aproximação usada, que determina o percurso que o avião realiza antes da aterrissagem e estabelece os valores mínimos de teto e visibilidade; o tipo de equipamento de auxílio à navegação e os recursos do avião.
Sem fechar
Em aeroportos e aviões mais modernos, existe um tipo de procedimento para aproximação que reduz ainda mais os valores mínimos de teto e visibilidade: o RNP-AR (sigla em inglês para Performance de Navegação Requerida).
Suspensão
Quando o teto ou a visibilidade está abaixo do mínimo previsto nas cartas de aproximação, o meteorologista informa a torre de controle, que fecha as pistas e suspende pousos e decolagens.
Com o tempo fechado, as observações meteorológicas tornam-se mais frequentes e os boletins são emitidos em intervalos menores – a cada 15 minutos, por exemplo.
O aeroporto fechou. E agora?
Ao receber orientação de não pousar, o piloto precisa mudar a rota para outro aeroporto previamente indicado no plano de voo.
O aeroporto alternativo é decidido com o objetivo de manter a segurança da operação, mesmo que ele seja distante do destino final. Também há casos em que a melhor alternativa pode ser voltar ao aeroporto de onde a aeronave decolou para distribuir os passageiros em outros voos.
E quais ações as companhias aéreas devem tomar?
Quando o voo pousar em um aeroporto diferente do previsto, a companhia tem como premissa levar o passageiro ao destino escolhido, mesmo que esse aeroporto esteja fechado. Dentro das alternativas, ela pode aguardar a abertura do aeroporto de chegada para fazer nova decolagem e seguir viagem, realocar os passageiros em outros voos próprios ou em outras empresas aéreas e, até mesmo, fazer o trajeto de ônibus.
Em caso de atrasos, veja o que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determina:
A partir de 1 hora – comunicar e orientar o passageiro pela internet ou por telefone;
A partir de 2 horas – oferecer alimentação e acessos a telefone e internet;
A partir de 4 horas – os clientes têm direito a hospedagem e transporte até o local da acomodação.
Interessante, né? Nada como estar bem informado e poder cobrar os nossos direitos.