
O coordenador estadual do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), Eduardo Segundo, confirmou que o órgão carece de recursos para obras de manutenção. “O orçamento do Dnocs é confortável com relação a recursos para investimento, construção de obras, mas falta verba para manutenção, que fica a desejar”.
Eduardo Segundo esclareceu que há uma preocupação do Dnocs com a precariedade da infraestrutura da maioria dos perímetros irrigados no Ceará. Sobre a falta de irrigação em dois terços do Perímetro Icó – Lima Campos, localizado na região Centro-Sul, disse que há um estudo que prevê a instalação de um moderno sistema de transposição das águas do Açude Lima Campos para a margem direita do Rio Salgado, por gravidade, orçado em R$ 11 milhões. “Precisamos de apoio de políticos para viabilizar essa obra que será redenção do perímetro”, disse.
Segundo frisou que de um modo geral não há como o Dnocs fazer a emancipação dos perímetros sem que o órgão faça a restauração das obras de uso coletivo ou comum, por exemplo, os canais principais. “A maioria dos perímetros apresenta infraestrutura degradada”, observou Segundo.
Sem irrigação e produção dependendo apenas de água da chuva, os colonos enfrentam dificuldades, reduzida produção e até fome ronda os lares de alguns produtores. No Perímetro Irrigado Icó – Lima Campos há 12 anos que dois terços da área produtiva não têm irrigação porque o sistema de bombeamento está parado por falta de pagamento da conta de luz por parte dos colonos. Os canais estão secos, quebrados e o mato ocupa espaço que deveria ser da água corrente para o uso nas lavouras.
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