Por Miguel Martins
O líder do Governo na Assembleia Legislativa, o pedetista Evandro Leitão afirmou que a deliberação do PT que obriga o candidato petista ao Governo, Camilo Santana, apoiar uma candidatura nacional do partido, Lula ou outro nome por ele apontada, não deixará marcas na relação PT e PDT. “Óbvio que se o PT nacional tiver candidato, sendo Lula ou qualquer outro, o Camilo irá ter que dar apoio para ele. Se assim não for, a tendência natural é que o governador apoie o Ciro, que é do nosso partido. Mas eu não vejo nenhum problema nessa deliberação”, disse.
De acordo com Sérgio Aguiar (PDT), a decisão individual da legenda petista não terá nenhuma influência na eleição cearense. “Se os caminhos não forem os mesmos agora, no segundo turno eles se convergirão”, defendeu. “Nós fazemos parte de um projeto muito bem definido e delineado que hoje se consolida através do Governo de Camilo Santana e traz avanços para o Estado. A chapa encabeçada por Camilo, com a participação do PDT com a posição de vice e Senado, fortalece essa parceria”, destacou Aguiar.
Para Tin Gomes (PDT), as decisões partidárias individuais nunca prevalecem no momento de formação das coligações. Segundo ele, a resolução do PT não foi “acertada”, pois a sigla, em sua avaliação, não teria como eleger o governador sozinha, sem apoio de PDT, PP e outros partidos aliados. “A decisão acertada é achar o caminho mais sólido e vitorioso, que seria uma aliança ampla e geral com todos os partidos. Vejo essa decisão apenas como forma de pressionar para uma conversa em nível de outros cargos”.
No sábado passado, o PT aprovou resolução impondo apoio do governador Camilo Santana a uma candidatura presidencial do partido, seja ela a de Lula ou de outro membro do partido. O texto aprovado, segundo matéria veiculada no Diário do Nordeste de ontem, recebeu emenda estabelecendo que o candidato a governador do partido apoiará quem a sigla escolher para disputar a Presidência da República, seja Lula ou não. Este último ponto era reivindicado por nomes do partido como o da deputada federal Luizianne Lins.