Inteligentemente, a prefeita Luizianne Lins, na última semana, com a entrevista coletiva concedida na terça-feira, para, além de desautorizar seus auxiliares apresentados como responsáveis pela transição, dizer apenas que o Réveillon de Fortaleza só aconteceria se ele tivesse as garantias jurídicas e legais do futuro prefeito, Roberto Cláudio, e do governador Cid Gomes, ganhou um amplo espaço na mídia e desviou o foco das discussões sobre os resultados da eleição, questionados pelo seu partido, e da própria transição.
Vivêssemos em um ambiente onde os políticos tivessem educação suficiente para ganhar e perder eleições, todos os espaços tomados pela discussão de se haverá ou não o Réveillon, pela falta das garantias reclamadas pela prefeita, teriam sido usados para os reais problemas da cidade, além de se ter um quadro real da administração que se despede, permitindo a todos quantos tenham interesse poder fazer uma avaliação criteriosa do existente, a fim de evitar as dúvidas quando, se acontecer, o futuro prefeito questionar a herança recebida, como fez Luizianne em relação ao Governo do ex-prefeito Juraci Magalhães.
A prefeita, independentemente da possibilidade de o seu partido vir ou não a questionar a legitimidade da eleição, poderia já ter convidado Roberto Cláudio a com ela conversar, no próprio Gabinete, para ser mais formal ainda, sobre várias questões do poder municipal, inclusive as relacionadas ao Réveillon.
Já não mais estamos na época da UDN e do PSD, quando dificilmente os políticos adversários se falavam e quase sempre havia assassinatos nas disputas eleitorais para distanciá-los mais ainda. Os tempos são outros e se reclama civilidade em todos os atos das cidadãs e cidadãos, também da vida pública.
Transição
Oficialmente, ainda não se tem uma equipe para trabalhar esse importante momento compreendido entre o fim do processo eleitoral e a posse do prefeito eleito, denominado de transição. A Lei Municipal Nº 9464, de 28 de abril de 2009, manda que a relação das pessoas responsáveis por esse trabalho seja publicada no Diário Oficial do Município, cuja última edição é do dia 13 passado, significando dizer que só no curso desta semana será possível se saber quem realmente a prefeita indicou para dar informações e dar resposta aos pedidos da equipe indicada pelo prefeito que vai assumir.
No primeiro domingo deste mês, neste mesmo espaço, já antecipávamos as dificuldades da transição. “Em razão do acirramento da campanha e as manifestações petistas contra o resultado da eleição, tudo faz crer que não será um processo fácil”. Agora, duas semanas depois, o quadro se apresenta com muito mais dificuldade.
Há servidores do Município colaborando com o futuro prefeito, informalmente. Isso ajuda, em alguns pontos, ao Governo que assumirá em janeiro vindouro, mas não basta. Luizianne é quem deve ser a facilitadora.
Só ela tem autoridade para esclarecer, no momento, dúvidas que, se ficarem para o depois só lhes causarão prejuízos, principalmente por não ter os mesmos espaços para falar do Governo por ela comandado nos últimos oito anos; além do mais, o governante em fim de mandato é quem deva ter o maior interesse em reafirmar sua produção.
Comentários 2
Cesar Lima
20/11/2012 as 16:49Não me admiro que tamanha burrice dessa saia de uma cabeça oriunda de titicas… graças a Deus esta mulher esta partindo dessa pra uma melhor ou pior isso pouco me importa. neste momento o que de fato me interessa é vida nova, governo novo, projetos novos. afinal de contas passamos 8 anos na peia … e isso basta
Newton Silva
18/11/2012 as 14:59“Inteligentemente”? A prefeita conseguiu foi conquistar a antipatia definitiva da população com uma marmota dessas. Foi a maior burrice que ela já fez, que vai levar o PT pro buraco de vez!!!