O ano de 2015 nem está perto de acabar, mas a presidente Dilma Rousseff já manda um recado importante:
“Não tenho como garantir que a situação em 2016 será maravilhosa”, disse ela nesta terça-feira, 25 de agosto, quatro meses antes do ano novo, durante entrevista concedida a uma emissora de rádio do interior paulista.
Dilma tem razão. A crise econômica no Brasil está apenas no começo. Ou seja, as coisas ainda vão piorar.
E a crise política apenas dá sinais de que, para ultrapassa-la, a presidente terá de usar engenho e arte e, ainda, competência e habilidade para não escorregar nas cascas de banana que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), jogou na calçada do Palácio do Planalto.
Para piorar o cenário de curto prazo, a economia da China anda para a frente, mas dando dois passos adiante e um para trás. É para lá que o Brasil manda boa parte de sua produção de primários – soja e minério de ferro, principalmente. Se os chineses reduzem a compra dessas matérias primas, o Brasil perde, e perde muito.
Olhando para a frente, a presidente Dilma – e a torcida do Flamengo, também – enxerga um oceano de dificuldades, por causa das quais anunciou segunda-feira, 24, o fechamento de 10 dos seus 39 ministérios. Trata-se de paliativo, embaixadinhas para alegrar a plateia, embora a providência esteja no rol das recomendadas por 10 de 10 economistas.
Resta saber como reagirão os partidos da chamada base aliada. Como todos sabemos, os partidos apoiam o governo pelo que ela dá em troca. Sem cargos, eles virarão oposição – tem sido assim desde que os partidos foram criados.
A presidente Dilma poderia ter dito, na entrevista à rádio paulista, que ela não pode garantir situação maravilhosa no próximo ano de 2016, nem neste 2015.
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