
Por André Costa
Juazeiro do Norte. Em novembro de 2015, o Centro Universitário Unileão deu início ao projeto de implantação de energia solar em um de seus três campus neste Município, cujo investimento inicial foi de R$ 1,5 milhões, para instalação de 816 painéis solares oriundos do Canadá, com capacidade para produzir 220 KW de energia limpa e renovável. A implantação da primeira parte do projeto ficou pronta no início do ano passado.
Após exatos doze meses, os resultados já estão sendo colhidos. A energia solar, além de ser uma boa opção na busca por alternativas menos agressivas ao meio ambiente, reduz drasticamente a conta de energia.
Em um ano, a Faculdade, que conta com mais de 10 mil estudantes nos três campi do Cariri, e outro em Icó, na região Centro-Sul, já economizou 2.052.89 Kwh. Essa redução representa um economia de R$ 20 mil.
Segundo o diretor-presidente da Faculdade Leão Sampaio (FLS), Jaime Romero, a quantidade de energia produzida pelos primeiros painéis instalado é suficiente para abastecer toda a demanda de energia elétrica normalmente utilizada no campus Lagoa Seca.
Com a continuidade das outras etapas, a UniLeão será a Instituição de Ensino Superior (IES) com o maior investimento em produção de energia solar do País, segundo a empresa cearense Satrix responsável pela instalação das placas na Faculdade e que responde por mais de ¼ dos projetos de energia renováveis no Brasil.
Além de abastecer toda a energia elétrica do campus, a carga gerada pelas placas em momentos de inatividade, como feriados, fins de semana e férias, será revertida em crédito pela Enel Distribuição Ceará. “Estaremos ajudando o meio ambiente, pois outras instituições poderão adquirir a nossa energia limpa”, pontua.
Ao fim da última etapa do projeto, prevista para este ano, os campi Lagoa Seca e Icó, terão, juntos, três mil placas instaladas, capazes de produzir até 850 KW de energia, o que equivale a uma economia prevista de R$ 100 mil por mês.
Com a redução na conta na energia, Jaime acredita que o retorno de investimento total orçado em R$ 6 milhões será totalmente recuperado ao fim de cinco anos.
Autossuficiência
Em cinco anos, além de recuperar todo o investimento, a unidade de ensino passará a produzir tudo aquilo que é consumido, isto é, “será autossuficiente”, conforme afirma o diretor-presidente.
“A economia no consumo de energia e, consequentemente, a redução da conta de luz, que hoje é a segunda maior despesa do grupo, ficando atrás apenas da folha salarial, pagará o montante gasto na implantação em breve”, acrescenta Jaime.
Conforme cálculos da Enel Distribuição Ceará, com a economia de energia gerada somente na primeira etapa, 13 toneladas de resíduos, por mês, deixarão de poluir a água, a terra e o ar.
“Esse dado mostra a importância do projeto”, destaca Romero. O investimento em energias limpas impacta diretamente no meio ambiente. Até 12 de janeiro, a redução no consumo da UniLeão equivale a 177,45 árvores que foram salvas, afirma estudo realizado pela Faculdade.
Jaime Romero ressalta que a instituição de ensino, para além da economia financeira, possui uma preocupação com as questões ambientais. “Penso que a Faculdade não deve somente ensinar as teorias, mas, sobretudo, dar o exemplo, se preocupar com as questões sociais e buscar soluções para eles”.
Além das placas de geração de energia solar, a UniLeão investe no tratamento de água e esgoto, com uma estação própria, instalada em 2009 a um custo de R$ 500 mil. O projeto realiza o reúso da água em 100%. Por dia, segundo a direção da Faculdade, são 50 mil litros tratados.
Mais informações:
Faculdade Leão Sampaio (FLS)
Endereço: Avenida Maria Letícia Leite Pereira, S/N – Bairro Lagoa Seca – Juazeiro do Norte
Telefone: (88) 2101-1046