
Sempre rindo, surpreendendo e aprendendo demais com o Iggy Pop, hoje com 65 anos. Vendo entrevista reveladora do “padrinho do punk” no “O Assunto é Música – Conversa com Iggy Pop”, programa do Multishow HD (exibido hoje, 20h30), o eterno vocalista do Stooges confessou, ao jornalista inglês David Fanning, que por muito tempo se sentiu incomodado com o “glamouroso” título (de padrinho punk) conquistado ao longo dos anos. No começo, ele já sabia que era algo pejorativo, apesar de acreditar que ele só estava sendo espontâneo!
E todo mundo achava que o cara era doido demais para se importar com o apelidinho! Juro que eu tb achava isso dele por causa do livro “Mate-Me, por Favor – A História do Punk”, lido e recomendado por mim trocentas veezs!
Que nada! Mais do que o esterótipo bizarro de roqueiro junk propagado aos quatro cantos do mundo, o sobrevivente Iggy, ou melhor James Newell Osterberg, teve, até uma certa época, uma “vida normal”. Tudo bem que o ilustre filho único do Michigan, criado em um trailer por pais órfãos (tendo a figura paterna sido obrigada a servir no Exército americano em algum “mato” na Segunda Guerra, quando queria mesmo era ser jogador de beiseball), afetou de alguma maneira a sua personalidade…
Mas o cara disse que a sua infância foi até normal. Ele estudou foi muito, tentou ser o primeiro da turma, “adorava debates” estudantis, porque buscava a segurança da e$tabilidade (claro que isso foi muito antes de cair de amores pela música, quando tocou bateria pela primeira vez).
No entanto, apesar da família não “transbordar” dinheiro, Iggy não foi uma criança carente, ao contrário de seus colegas que tinham muito mais condições financeiras, garantiu ele. Seus pais chegaram até a “alugar um piano, que ocupava metade da casa” para investir e proporcionar educação artística ao jovem. Mais surpreso?
AMIGO DO BOWIE E DO LOU REED!

Iggy também falou do Stooges e da parceria com o inglês David Bowie, na época Ziggy Stardust: “Era um cara que tinha muitas habilidades, queria estabelecer uma ‘base’ nos EUA… Era um cara realmente muito bom, em qualquer lugar do mundo, mas parceria meio perdido, não sabia bem o que fazer”…. Ele definiu o novaiorquino Lou Reed de maneira parecida: “era também um cara de muitas habilidades, mas ‘ninguém o via’, os americanos são criados para sentar no sofá e coçar a cabeça (risos). Eles não ouvem!”. Muito bom, né?
O performer declarou também que talvez não tenha sido mesmo tão “bem-$ucedido” por causa das drogas ou de suas “escolhas” (já que ele não se adequava nem tentava se ajustar à indústria) e admitiu sim ter já feito música que não se orgulha pra ganhar algum $ na época das vacas magras.
MORAL DA HISTÓRIA?
A melhor frase desse bate-papo de meia-hora, que acho inclusive pode ser adotada para uma vida, foi: “Algumas pessoas prosperam na crise ou no drama”, disse uma vez o agente para ele. Será mesmo? Ou esse empresário que foi “incompetente” (extorquiu?) demais, ou Iggy era mazela ao quadrado, ou tudo isso se resume a uma psicologia barata? Assim como o cantor, prefiro acreditar na primeira hipótese. Auto-ajuda realmente funciona para quem quer se reerguer! hehehehe



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