Quem perdeu o show do Matanza, maior banda de country core do Brasil, pode conferir aqui depoimento do amigo Rafael M., publicitário, fã dos roqueiros, quadrinhos, desenhos animados, filmes, RPG e curioso de plantão. No texto, ele conta detalhes da performance do quarteto.

“Praia do Futuro, 22 horas, dia 28 de maio, último sábado. Estava eu no calçadão com certa ansiedade pra ver Matanza no palco mais uma vez. Só de estar ali já vinha uma série de recordações dos anos 90, quando muitos shows de rock aconteciam nas areias de barracas como a Biruta.

Mas a maior expectativa era de ver um show bom, completo e não como o último no The Pub que estava infernal. Ao entrar na Garota de Ipanema já deu pra perceber que seria muito melhor que o anterior, pois dava pra sentir a brisa da praia. Fui direto para o camarote, que valeu por não precisar disputar o espaço com ninguém, mas podia ser melhor, pois pagamos mais caro pra ver o palco de lado e não de frente.

Entrei pouco antes de A Trigger to Forget subir ao palco e mais uma vez eles mandaram bem demais, apesar de ser um estilo totalmente diferente da atração principal. Na sequência a banda Tubo na Batera, que podia ter ficado em casa, pois desde os tempos de showzinhos de garagem não ouvia-se algo tão ruim.

Depois de muito atraso, quase 1:20 da manhã, Matanza sobe mandando os riffs tão esperados pra delírio do público. Música atrás de música, sem parar nem para o famoso ‘boa noite’. Eles foram tocando clássicos intercalando com as novidades do disco novo. Finalmente uma pausa para o ‘boa noite’ ao estilo Jimmy London de sempre e mais uma enxurrada de hits invadem a Praia do Futuro. A noite seguiu com pequenos intervalos de interação com o público e muito rock, com direito a brincadeiras com nomes famosos do pop e até menção ao péssimo The Pub. Foram 90 minutos para lavar a alma de whisky de qualquer fã.

A impressão que me deu é que o disco ‘Odiosa Natureza Humana’ funciona muito bem ao vivo, pois completa o histórico construído desde o ‘Santa Madre Cassino’. Isso fica fácil de notar na ordem que foi escolhida para as músicas no show. Não tinha comprado muito a ideia do disco mais cru da banda até agora, mas vi que a crueza só contribuiu para a performance deles. Que continuem assim então!”.

por Rafael M.