Camocim- O corpo da criança, do sexo feminino, deu entrada no Núcleo da Perícia Forense (Pefoce), na Região Norte (Sobral), por volta das 22h dessa quarta-feira (20), dia em que a recém-nascida foi morta. Segundo os exames de necropsia, a criança morreu por asfixia, por ter sido enterrada. Partes do corpo, principalmente, a região do tórax e abdômen, foram devorados, posteriormente, por animais.
Caso
De acordo com o auxiliar de perícia, Antônio Nogueira, “a criança nasceu com nove meses completos. Ao encaminhar o corpo para exames, o delegado plantonista de Jijoca de Jericoacoara, para onde o caso foi encaminhado, nos informou que, em depoimento, a mãe declarou que havia tomado chá de boldo como abortivo. Ao sentir fortes dores, ela foi para o quintal de casa, teve a criança, que nasceu com vida, e logo foi enterrada. Ao entrar em casa, o irmão viu a jovem com sangue na roupa, achou estranho, foi ao quintal e descobriu o corpo desenterrado por animais e parcialmente devorado”, disse o auxiliar de perícia.
Laudo
Ainda, segundo o auxiliar, “o laudo com o resultado dos exames será expedido em cerca de 30 dias. O corpo do bebê já foi liberado, e aguarda a família para levá-lo para ser sepultado”, disse. A mãe, que não teve o nome revelado pela Polícia, é moradora da localidade de Buriti dos Lopes, a pouco mais de 24 km da sede de Camocim, onde ocorreu o caso. Ela foi presa pela Polícia Militar e conduzida, por volta das 20h45, ainda da quarta-feira, ao Hospital Municipal de Jijoca de Jericoacoara, no litoral oeste, para exames preliminares, antes de ser levada à Delegacia Civil de Jijoca de Jericoacoara, onde foi ouvida.
Investigação
Segundo o delegado titular da Delegacia Civil de Jijoca de Jericoacoara, Alan Pereira, “durante o depoimento, a mãe, que foi autuada por homicídio, confessou que não queria o bebê. Ela pode ter apresentado algum problema emocional após o parto, e enterrou a criança. Ela deverá ser transferida para a Cadeia Pública de Cruz, ficando à disposição da Justiça. Aqui em Jijoca foi feita uma parte emergencial do procedimento policial. Por conta do horário do plantão, os casos de Camocim vêm para cá, mas os autos serão encaminhados para aquele município, assim como as investigações também ocorrerão por lá”, disse o delegado.
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